quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Estudantes indígenas realizam exposição coletiva na UFMT

Estudantes indígenas realizam exposição coletiva na UFMT
oraculocomunica.wordpress.com
Estudantes indígenas da Universidade Federal de Mato Grosso serão a oportunidade de apresentar o mundo que os cerca através da Exposição coletiva " Olhares: povos indígenas e o contemporâneo'", que..

terça-feira, 25 de novembro de 2014

CLAMOR KAIOWA 2 - DESPEJO TEKOHA


CLAMOR KAIOWA 2 - DESPEJO TEKOHA
youtu.be
Lideranças da Nação Kaiowa Guarani, cacique Eliseu Lopes e cacique Walmir Savala, denunciam a iminência de despejo nos Tekoha Kurusu Amba, Tekoha Paso Piraju..

sábado, 22 de novembro de 2014

DIGA NÃO A PEC-215

Por que isto é importante

Nós, povos indígenas de todo o Brasil, nos colocamos contra a campanha sobre os direitos das comunidades tradicionais e indigenas, configurada na proposta de emenda constitucional PEC-215, articulada pela bancada ruralista, que transfere as atribuiçoes constitucionais do poder executivo para o congresso nacional quanto ao RECONHECIMENTO DAS TERRAS INDIGENAS E QUILOMBOLAS. Não asceitamos que os povos indigenas sejam acusados de prejudicar o "progresso" do país como dizem os representantes da grande imprensa, do agro-negocio, das mineradoras ou dos mega-projetos, que defendem um tipo de "desenvolvimento" sera danoso nao só aos povos indigenas e quilombolas como também ao meio ambiente e a toda a população brasileira.

Katia Abreu, surpresa ou indignação?

Fotos da linha do tempo
KÁTIA ABREU MINISTRA DA AGRICULTURA: SURPRESA OU INDIGNAÇÃO! NÃO À KÁTIA ABREU! Por Casé Angatu ...
Nem Mídea e Estado - LIBERTAD A TODOS LOS PRESOS POLITICOS MAPUCHE ! NEWEN MAPUCHE ! ARRIBA LOS QUE ...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

JACY É A NOSSA LUA

                                 ÎASY   (LUA)

Certa noite, em uma comunidade TUPINAMBÁ, dormia a Lua e a maior parte dos indígenas. A mata permanecia escura e tenebrosa, abrigando segredos que ninguém mais ousava desbravar. As pessoas não saíam mais de casa depois do por do sol. E mesmo assim, anciões corajosos, encarando a escuridão, se reuniam em volta da fogueira.

Estavam tristes e sem vitalidade, sua cultura estava vivendo um breu total. De noite, a única luz que os iluminava era artificial.

                        - Sinto falta das noites de Lua, em que cantávamos e dançávamos em volta da fogueira, lamentou um deles


Silêncio. Todos estavam de luto.

Em uma das OCAS, algumas crianças adormeciam frente à televisão...

Em outra Oca se repetia a mesma cena.

Como era possível observar a luz da Lua, que sempre foi admirada pelos Tupinambá, se agora uma outra luz embalava o sono dos indígenas.

De volta a mata, decidido a tomar uma providência perante aquela situação, o pajé acendia um fogo e balançava seu MARACÁ. Depois de acender seu cachimbo, ele cantou com fé:

                                                           ÎASY é nossa lua
                                                           Que clareia nossa aldeia
                                                           TUPÃ venha arramiar
                                                           Iluminar a nossa aldeia

O canto irradiou por toda a aldeia. Levado pelo vento, entrou em todas as casas, escancarando as janelas. Um avô adormecido sentiu uma brisa o inspirar. Observava seus netos adormecidos frente a luz artificial e hipnotizado pelo som do Maracá que vinha de fora, levanta seu próprio maracá e quebra a televisão.

As crianças acordam com o barulho e parecem também ouvir o som que vem de fora. Pouco a pouco todos da aldeia saem de suas casas e se olham entre si de suas portas.

Era o fim da hipnose.

Por trás das nuvens, um clarão tímido começa a aparecer. As pessoas se surpreendem. Há tempos que ninguém ali sabe o que era a Lua.

O som do Maracá cresce, juntas as pessoas seguem até a mata e juntam-se ao pajé e entre as arvores cantaram juntos.

(PORANSY TUPINAMBÁ: ÎASY....)

A cada batida do Maracá, parecia que a Lua crescia de dentro dele. Forte, brava, guerreira, como sempre foi.

De repente não era mais um Maracá, era a Lua nascendo de dentro do mar.

E nela era possível enxergar aquela aldeia que não mais estava adormecida, estava acordando e dançando ao redor da fogueira, chamando pela Lua, ao som do Maracá.

O número de pessoas dançando ao redor da fogueira aumentava A música fez brotar todas as raízes, fez desabrochar todas as flores. A Mãe ÎASY finalmente despertou e acordou todos os seus filhos.
E a Natureza toda cantou:

                                               Eu vou pedir a minha Mãe ÎASY
                                               Que ela venha nos ajudar
                                               Eu vou pedir a meu Pai TUPÃ
                                               Para a nossa aldeia se alevantar

As plantas, os pássaros e os indígenas cantaram todos juntos

                                               Levanta essa aldeia levanta
                                               Com as forças de Deus
                                               Levanta essa aldeia levanta
                                               Olha Deus pros filhos teus
                                               Levanta essa aldeia levanta
                                               Levanta sem demorar
                                               Levanta essa aldeia levanta
                                               A aldeia Tupinambá

E então brotou um sorriso na lua

A televisão nunca mais adormeceu os Tupinambá. Hoje em dia eles vivem em várias TABAS e trabalham para retomar seus territórios, vivem cuidando da Natureza.

E todas as noites, a Mãe ÎASY sorri para os Tupinambá acordados



AUTORES:
Elen França Amorim -  Sebastian Gerlic -  Josenice Souza Franca - Maria José Muniz -  Marciléa Melo Lima - Aguinaldo J. dos Santos -  Isabelle A. Lima -  Adriana Santos de Almeida -  Fernanda Martins -   Keyane Gomes Dias -  Ricardo Lopes -  Ivana Cardoso -  Nara Oliveira -  Vanessa Souza -  Luis Carlos Gonzaga dos Santos -  Maiana Medina -  Antonio Roberto Bonfim -  Fernando Monteiro - Juvani S. do Amaral -  Ivana Cardoso -   Maria Rita -  Katu Tupinambá

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Colunista Bessa Freire relembra declarações do antigo ministro da Cultura de FHC, justificando massacres de índios pelos bandeirantes

Colunista Bessa Freire relembra declarações do antigo ministro da Cultura de FHC, justificando  massacres de índios pelos bandeirantes

Weffort justifica massacre dos índios

Tapajós – a luta pelo rio da vida

Tapajós – a luta pelo rio da vida


Ameaçados por complexo hidrelétrico se capacitam para lutar contra o projeto. Governo desrespeita direito constitucional e desmarca encontro.

Indio quer diploma

Índio quer diploma
www1.folha.uol.com.br
Não existe palavra para definir a futura profissão de Edegar Martinez em sua língua materna. Índio guarani do ramo avá, ele pretende pendurar o diploma de advogado na parede da casa de madeira da família, localizada dentro da reserva Ocoy, em São Miguel do Iguaçu (PR).

terça-feira, 11 de novembro de 2014

União Europeia ouve clamores de comunidades tradicionais na BA em Audiência Pública e visita aldeia indígena

União Europeia ouve clamores de comunidades tradicionais na Bahia em Audiência Pública e visita aldeia Tupinambá

A violação de Direitos Humanos e o crescente aumento da violência contra as comunidades tradicionais trouxeram à região sul da Bahia diversos embaixadores da União Europeia e representantes da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, além da Secretária Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia. Junto com estes representantes vieram os deputados estaduais Yulo Oiticica e Bira Coroa, que se somaram a dezenas de Entidades da Sociedade Civil Organizada, ONGs, Pastorais da Igreja Católica, Religiosos e Religiosas, Movimentos de Luta pela terra, Assentados, Acampados, Quilombolas, Vereadores, Comerciantes e empresários da região, e diversas etnias indígenas, para um encontro na Aldeia Serra do Padeiro, no município de Buerarema, realizado no dia 1º de novembro último, com o objetivo de refletir sobre esta problemática da violência, e juntos buscarem solução para esta situação que vivenciam estas comunidades


Cerca de 400 pessoas tiveram, então, a oportunidade de ritualizarem seus anseios no grande Toré celebrado pelos Tupinambá e outros povos presentes no evento, socializaram suas angústias na grande plenária através das falas e entregas de documentos e dossiês, se alimentaram de esperança e força, não só da deliciosa e farta alimentação proporcionada pela comunidade da Serra do Padeiro, mas também da sua resistência e confiança nos encantados. Puderam, também, contemplar nas visitas feitas e nas “conversas de pé de ouvido” uma possibilidade de uma “nova sociedade possível”, alicerçada no respeito ao ser humano e à natureza. Ao atravessarem a ponte construída com muita força de vontade pelos Tupinambá, diante da omissão do estado, a comunidade convidava a todos a construírem “novas pontes”, novos caminhos e novas perspectivas. Ao final da ponte chegaram a Unacau, território retomado pelos Tupinambá em maio de 2012. Este conjunto de fazendas, que soma 2.064 hectares – em que se produzia cacau e, posteriormente, café e palmito -, foi durante muitos anos símbolo de “desenvolvimento” e muitos recursos públicos ali foram investidos. Mas o que ninguém divulgava é que ali também se usava de mecanismos de expropriação fundiária, como grilagens de terras e ameaças. Nos tempos da Unacau e das empresas que a sucederam, registrou-se a ocorrência de trabalho escravo e também de intensos ataques ao ambiente, notadamente o desmatamento de grandes áreas. O grande sonho da comunidade Tupinambá, é transformar este espaço que causou tantas mortes e sofrimentos no passado, em um espaço de vida, instalando ali a primeira universidade indígena do Brasil.


A comitiva da União Europeia, com a presença de nove Embaixadas (Bélgica, Suécia, Reino Unido, Eslovênia, Finlândia, Espanha, França, Holanda, Irlanda), dois Consulados e a chefe da delegação da União Europeia, Sra. Ana Paula Zacarias (Portugal), ouviram atentamente os relatos de violência física, psicológica e cultural, criminalização de lideranças, judicialização das lutas, desrespeito às culturas e povos, preconceito, genocídios, crimes contra a natureza, avanços de empreendimentos com o capital europeu sobre territórios tradicionais, violação de direitos, falta de políticas públicas, assim como descumprimento e ataques a direitos constitucionais duramente conquistados. Ao final dos relatos, a chefe da delegação se comprometeu em ler atentamente e divulgar os documentos entregues, além de recomendar às autoridades brasileiras mais atenção e cuidado com as comunidades, e lutar pela garantia dos Direitos Humanos. Ela afirmou que “A defesa dos Direitos Humanos é fundamental para o povo, não queremos e não vamos interferir na política nacional, mas também entendemos que só juntos (todos os países) é que poderemos resolver os problemas de desigualdades”. “Estamos aqui para ouvir e para aprender com vocês sobre as populações tradicionais no Brasil, queremos e vamos contribuir. As contradições aqui ditas deste governo não existem só aqui, as contradições existem em todo lugar”, completou Ana Zacarias.

No dia anterior, 31 de outubro, no Palácio da Reitoria da Universidade Federal da Bahia, em Salvador, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com esta mesma Delegação da União Europeia no Brasil, realizou uma audiência pública. Diante do salão lotado de representantes das comunidades Quilombolas, Indígenas, Fundo e Fecho de Pasto, Pescadores, representantes de ONGs e do governo, os mesmos  denunciaram atos de violência sofridos por eles. Chamou a atenção as graves denúncias feitas pela representante do Quilombo Rio dos Macacos, Rosemeire dos Santos, que afirmou que o local é ocupado pela comunidade há mais de 200 anos, e atualmente a instituição militar reivindica sua desocupação para atender a necessidades futuras da Marinha. 


Já Edmilson dos Santos, presidente da Associação de Serra do Bode, em Monte Santo (a 352 km da capital), relatou o sofrimento dos pequenos produtores diante da expansão do agronegócio. “Eles (os grandes produtores) matam mesmo, querem nos expulsar de nossas terras. Muitos são assassinados e depois os fazendeiros dizem que eram bandidos”. A indignação diante das violações dos Direitos Humanos sofridas pelos representantes das comunidades foi partilhada pelo Coordenador do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos na Bahia, José Carvalho, que ao se referir à situação do Povo Xacriabá da Aldeia dos Porcos de Cocos, Bahia, relatou que ficou estarrecido com o completo abandono da comunidade pelas instituições governamentais.

Nesse evento, também foi lançado o livro “10 Faces da Luta pelos Direitos Humanos no Brasil”. O livro traz experiências de Dez destacados Defensores de Direitos Humanos, que estão inseridos no Programa de Proteção da Secretaria de Direitos Humanos, e que são expressão da luta por Direitos Humanos. Dentre eles se destacam na questão indígena os caciques Deoclides, da etnia Kaingang, e Rosivaldo/Babau, da etnia Tupinambá.


Acesse os vídeos com os pronunciamentos da Audiência Pública:

Ana Paula Zacarias – Embaixadora da União Europeia no Brasil

Jozef Smits – Embaixador da Bélgica no Brasil

Milena Šmit, Embaixadora da Eslovênia

Wellington Pantaleão da Silva - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Ariselma Pereira, Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia

Eduardo Oliveira – CIMI (Conselho Indigenista Missionário)

Cacique Babau Tupinambá – Serra do Padeiro, BA

Adailton José de Santana – Montes Claros, MG

Benedito Roberto Barbosa – Central dos Movimentos Populares, SP
Cacique Deoclides, Povo Kaingang da Terra Indigena Candóia, RS

Rosemeire dos Santos – Quilombo Rio dos Macacos, BA

Edmilson dos Santos – Associação Serra do Bode, BA

Cacique Divalci do Povo Xacriabá, Aldeia dos Porcos, BA

Cacique Nailton do Povo Pataxó Hã-Ha-Hãe, BA

Cacique Cícero do Povo Tumbalalá, BA

Cacique Aruã Pataxó do Povo Pataxó - BA

Moah da UNEGRO – Extremo Sul da Bahia, BA

Cacique Valdelice e Zé Domingos do Povo Tupinambá de Olivença, BA

Conselho Indigenista Missionário 

o melhor portal de matematica

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Segue endereço de uma Plataforma interessante, entrem e se inscrevam!

ambiente educacional

O GESTAR na ESCOLA mostra que para além da classe escolar, há espaços nos quais o estudante se (re)descobre identificando outros percursos para aprender. De um jeito divertido, interagindo com mídias educativas, jogando e brincando com exercícios, resolvendo questões, praticando simulados e pesquisando, ele descobre estratégias para aprender mais e melhorar o seu boletim escolar.
Ser ESTUDANTE não é apenas se reunir habitualmente com colegas e professores numa escola cumprindo um calendário letivo. É muito mais que isso. É também querer experimentar as diversas salas de aulas que a modernidade disponibiliza para colaborar no seu avanço de escolaridade. É saber usar o seu tempo individual de estudos e enriquecer-se de sabedorias aprendidas. É trocar, compartilhar e dividir conhecimentos dando solidez à sua identidade estudantil. É sentir-se parte de um contexto e atuar nele com a responsabilidade que lhe compete.
A proposta do Clube Educacional é promover esse espírito valorizando a capacidade de investigação e busca de conhecimentos a partir da autoavaliação e vontade de superar-se. Seu integrante escolhe ser um fiel desafiador de dificuldades.  O estudante participará de situações dinâmicas de aprendizagem, desenvolvendo o sentimento de autonomia, e conferindo significados para a sua formação.

visite este site
 http://educadores.educacao.ba.gov.br/
http://www.educacao.ba.gov.br/clubeeducacional

II encontro nacional dos professores indigenas

http://www.cedefes.org.br/?p=educacao_detalhe&id_afro=12712
II encontro nacional dos professores indigenas

Começa hoje, 28 de outubro, no município de Luziânia, GO, o II Encontro Nacional de Professores Indígenas, cujo objetivo é discutir a grave situação atual da educação escolar indígena, bastante distante da reivindicada pelos povos indígenas e garantida não só na Constituição, como também em leis específicas.
Para Gilberto Vieira, o Ministério da Educação do Brasil, estados e municípios não vêm cumprindo a legislação nem respeitado a diferencialidade educacional. A complexidade gerada pelos diferentes povos não é refletida na programação curricular, por exemplo. Ou seja, cada povo indígena reivindica uma determinada autonomia educacional.
“Para nós, os não-indigenas, um exemplo seria a questão do tempo. O ano letivo começa em março e termina em dezembro. Porém, os povos indígenas precisam definir se esse tempo é o que seria o melhor para eles. Isto é, precisam ter autonomia em termos de tempo, de gestão escolar, de currículo, de contratação e formação docente, etc. Isso é um exemplo da diferencialidade garantida pela legislação e reivindicada hoje nesse encontro”, afirmaGilberto Vieira.
Rosimeire Diniz, uma das coordenadoras do encontro e integrante da coordenação do CIMI na Regional do Maranhão, afirma que com esse segundo encontro o CIMI possibilita o diálogo de diferentes povos para discutir a situação escolar indígena a partir da realidade de cada povo. Nesse sentido, direitos que foram conquistados e agora estão retrocedendo precisam ser discutidos e enfrentados pelos próprios professores, alunos, comunidades, para poderem cobrar do governo o respeito dos direitos garantidos e avançar na conquista de novos direitos. Um exemplo disso seria a gestão das escolas com autonomia.
Flauberth Guajajara, professor dos Povos Guajajara, Terra Indígena Pindaré Maranhão, afirma que “a nossa expectativa para esse encontro é buscar parcerias para a luta por uma educação de fato, específica e diferenciada, o que não vem sendo respeitado dentro de um direito garantido. Visto que, atualmente, as escolas – principalmente no estado do Maranhão – vivem sem autonomia, com problemas estruturais na parte de recursos humanos, materiais didáticos, etc. Estes problemas têm dificultado o desenvolvimento de um trabalho que possa ter resultados satisfatórios, respeitando a interculturalidade e as tradições. Hoje, no que se refere à questão de currículo, este atualmente (é praticamente igual ao da escola não-indígena, e deveria ser diferente, pois a lei garante o direito à especificidade do nosso trabalho. E estamos aqui para que isso mude”.
Márcia Cohmxicwyj Krikati, do território dos Povos Krikati, do Maranhão e professora, afirma que “nós estamos em busca de uma parceria maior que seja de ajuda para nós, da nossa educação. Porque a educação que recebemos hoje é do estado, os livros didáticos são construídos por não-indígenas, e agora nós queremos construir os nossos livros didáticos, nós os professores indígenas, porque o importante é mostrar os nossos trabalhos, as nossas tradições, os nossos artefatos, a História contada por nós, os nossos cantos, forma de vestir, identidades, e cultura em geral”.
 Estão sendo esperados para este encontro professores e professoras de vários povos, entre eles, os povos Kaxarari,Karitiana, Suruí, Oro Waram, Purubora, Aikanã, Oro Waran Xijein, Guarani-Kaiowá, Terena, Kinikinawa, Kayabi,Irantxe, Myky, Ikpeng, Tapirapé, Karajá, Guarani, Kaingang, Yanomami, Apurinã, Munduruku, Tembé, Tapuia, Krahô-Kanela, Xerente, Apinajé, Krahô, Karajá Xambioá, Kampa, Kulina, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Tupinambá, Pataxó, Xakriabá,Kaxixó, Apañjekra Canela, Guajajara e Awa Guajá, Nikini, Gavião, Krikati, Bororo, entre outros.
As entidades aqui presentes são o Cimi – Conselho Indigenista Missionário e a Rel-UITA – Regional Latino-Americana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação.
Às 14h30, são iniciadas as atividades. Às 15h, Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indígena Missionário (Cimi), junto com o professor mestre Félix Bororo, do Povo Bororo, fará uma Análise da conjuntura política e educacional.  Às 20h, haverá a exibição do Documentário do 1º Encontro de professores indígenas.
Amanhã, quarta-feira 29, haverá o Lançamento do Manifesto sobre a situação da Educação Escolar, no auditório da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,CNBB. Em seguida os povos farão mobilizações no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.
Na quinta, 30, pela manhã, o professor Santiago Utitiaj, do Povo Shuar, da Amazônia equatoriana do Equador, falará da experiência do seu povo sobre a questão das escolas comunitárias indígenas. Na parte da tarde, Saulo Feitosa, missionário do CIMI Nordeste, abordará o tema “Educação escolar indígena: colonização e descolonização”.
Na sexta-feira 31, último dia, a temática, pela manhã, será Sistemas Abertos da Educação Escolar Indígena (Gestão autônoma das escolas indígenas), com a professora do Mato Grosso do Sul, Judite Albuquerque; e, para o encerramento, está previsto um Movimento de Professores Indígenas e serão delineadas as bases para a Conferência Nacional de Educação Indígena.


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Fonte: Luciana Gaffrée – Rel/Uita

educação indigena

http://www.cedefes.org.br/?p=educacao_detalhe&id_afro=12711
Documento final do 2° Encontro Nacional sobre Educação Escolar Indígena
Nós, professores, professoras e lideranças indígenas, representantes de 52 povos de todas as regiões do Brasil, reunidos no Centro de Formação Vicente Cañas, no 2° Encontro Nacional sobre Educação Escolar Indígena, debatemos e refletimos a situação da educação indígena e a educação escolar indígena no Brasil.
Considerando toda a caminhada das comunidades, professores e lideranças de todo o Brasil, nós professores indígenas, somos os pioneiros em abraçar a causa de uma verdadeira educação indígena e neste 2° Encontro, soltamos os nossos gritos de guerra “Educação é um Direito, mas tem que Ser do Nosso Jeito” e “Direitos Conquistados não podem ser negados”.
Durante esses quatro dias analisamos a conjuntura política nacional e percebemos o aprofundamento do ataque aos nossos direitos. Diante disso, protocolamos no Palácio do Planalto um documento, onde apontamos as dificuldades que encontramos para podermos fazer uma educação específica, diferenciada e de qualidade nas comunidades. Sabemos que a educação escolar indígena já é um direito conquistado e que vem sendo negado; conhecemos sobre o Modelo de Educação Própria, ouvindo sobre a experiência do povo indígena Shuar, do Equador; refletimos sobre a escola colonizadora, que tem o currículo como conteúdo e a escola descolonizada, que tem o currículo como identidade; e refletimos ainda sobre sistemas abertos.  Dessa forma, entendemos a Educação Escolar Indígena como um foco principal da nossa realidade, na luta pela sobrevivência em nossos territórios, pelos nossos saberes, pelas tecnologias, nossos modos de produção e nossas cosmologias.
Diante dos fatos acontecidos nas escolas dentro das aldeias, viemos repudiar a omissão dos Estados e Municípios, que não priorizam o investimento de recursos nas escolas indígenas, as interferências que vem sendo impostas como obstáculos para não sistematizar os currículos indígenas no sistema nacional de educação; a não consulta e participação ativa dos povos indígenas na criação das Universidades Indígenas e outras instâncias públicas; a não participação de professores e lideranças indígenas na reformulação dos currículos.
Queremos através deste documento dizer aos governantes, que as nossas escolas indígenas sejam reconhecidas e respeitadas, obedecendo os sistemas de educação próprio de cada povo, cada um com suas especificidades, no seu modo de ser, viver, se organizar, de relacionar com o sagrado, reconhecendo nossas bibliotecas que oferecem nossos livros práticos, as nossas disciplinas tradicionais que se encontram dentro dos nossos territórios. Que as esferas federal, estaduais e municipais reconheçam a autonomia das escolas indígenas.
Este encontro foi para nós um fortalecimento cultural tratando com muito respeito, delicadeza o conhecimento e as sabedorias dos nossos ancestrais.


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Fonte: Cimi
http://www.cedefes.org.br/?p=indigenas_detalhe&id_afro=12756
sobre os povos indigenas (vejam)
http://www.periodistadigital.com/religion/opinion/2014/09/10/persecucion-a-los-indigenas-una-historia-real-y-actual-religion-iglesia-casaldaliga-modino-brasil.shtml