SOMOS TODOS MARCELINOS
um pouco das muitas histórias Por:Carlos José F. Santos – Casé (Angatu) (Prof. da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC / Ilhéus-Bahia)
Katu Tupinambá (Prof. ME e diretor da Escola Estadual Indígena de Abaeté - EEITA / Ilhéus-Bahia)
No dia 06 de novembro de 1936, o jornal Estado da Bahia, comemorando a prisão de Marcellino José Alves (Caboclo Marcelino – Índio de Olivença/Ilhéus/Bahia), dizia em sua manchete: “Era uma vez o Caboclo Marcellino”. Junto com ele também foram presos, conforme a foto a seguir tirada na cadeia de Itabuna e da esquerda para direita: Caboclinho (17 anos), Marcionilio, Marcellino, Pedro Pinto e Marcos Leite – veja foto abaixo. Porém, ouvindo as falas dos anciões de Olivença percebe-se que a manchete daquele jornal errou em sua afirmação: Marcelino continua vivo até hoje nas memorias de vários moradores do território indígena Tupinambá. A figura de Marcelino serve como um dos símbolos da luta daquele povo indígena por suas terras. Uma memória guardada pelos antepassados e que grande parte da população de Ilhéus e sociedade brasileira não tem conhecimento.